Você deve estar indagando se vale mesmo a pena passar horas na estrada, enfrentando trânsito, caminhões, motoristas imprudentes, estradas mal-conservadas, consumindo combustível, pagando pedágio, desgastando o veículo e ainda correndo o risco de ser multado pelos inúmeros radares espalhados por este país.
Não é melhor "viajar" de avião, cujas tarifas têm baixado bastante de preço nos últimos anos?
Viajar com a família (em nosso caso, pai, mãe e filha)é uma experiência única que aproxima, congrega, estabelece um sistema de cooperação e cumplicidade, de superação e, mais que tudo, cunha no espírito as alegrias e o prazer da vivência de cada viagem. Essa experiência imensurável é mais intensa quando viajamos de carro: a vidraça do veículo são janelas de observação detalhada, as portas são possibilidades de interagir com o ambiente que nos cerca. Olhamos, comentamos, documentamos, saímos do carro, dobramos à direita ou à esquerda, escolhemos o caminho a seguir, a localidade a conhecer, o restaurante para fazer a refeição, onde pernoitar, etc. Sentimos os ares de cada canto, e é possível tocar as árvores, a água do mar, conversar com um morador local, provar uma iguaria, visitar uma plantação de uva, degustar um vinho, tirar uma foto. Tal atividade é exercida durante a viagem. O meio de transporte deixa de ser apenas instrumento de deslocamento para integrar definitivamente a substância da viagem.
Isso não é possível de avião.
Quanto às condições de nossas rodovias, desde 1995 (data de início das concessões de manutenção das rodovias brasileiras) elas vêm melhorando muito. Rodovias importantes como a BR-116 e a BR-101 oferecem condições muito boas de tráfego.
Durante todo o nosso trajeto, fazemos apenas duas ressalvas de más condições: 1) a BR-282, no trecho entre Lages (SC) e São José (SC), não duplicada e com inúmeras irregularidades, a despeito das diversas obras espalhadas pelo trecho, inclusive no trevo de Lages; e 2) o trecho urbano da BR-101 em Caraguatatuba (SP), também com o piso ruim.
Trânsito mesmo só enfrentamos em São Paulo, área urbana, de Guarulhos até a saída para a Régis Bittencourt (BR-116), evitável caso não passássemos ali em dia de semana no horário de ida para o trabalho. Foram três horas no trânsito, amenizadas com muita música, conversa e observação das localidades. Não conhecemos o Centro Velho e o Centro Novo da capital paulista, viagem que fica anotada para futuro atendimento.
No mais, atravessamos a Régis sem qualquer perrengue, parando quando queríamos, desfrutando de cada segundo e transformando os momentos abaixo em lembranças agradáveis:
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Na divisa SC-PR. |
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Visitando o Estádio Arena (Curitiba). |
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Andando em Paraty (RJ). |
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Paradinha no Centro Histórico de Angra
dos Reis (RJ) |
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É possível parar, sair, observar, fotografar,
respirar, relaxar a qualquer momento. |
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Não resistimos a esta paisagem. A natureza emoldura
as emoções, e às vezes se sobrepõe a elas. |
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A ajuda com a leitura da carta rodoviária. Ana foi uma
co-piloto admirável. |
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Além da fotógrafa oficial. Detalhe: todas as fotos
foram feita através
de um iphone. |
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Túnel sendo aberto nas obras de duplicação da Régis na
Serra do Cafezal (SP). |
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Paradinha em Juquiá (SP). |
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Sempre capaz de se distrair, rir, cantar, alegrar-se.
Um alento e um exemplo para nós durante
toda a viagem. Não poucas vezes ela dizia: hoje é
o melhor dia da minha vida! |
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Mangaratiba (RJ). Ana não resistiu à beleza
desta paisagem. |
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Ubatuba (SP). |
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Andando pelas ruas do Sul. |
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A árvore solitária dialoga com o poste e a
construção coloniais. |
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Época de Copa! Entrada do Museu Pelé, para inveja
de Maradona! |
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Ana Clara no telefone do lendário Café Paulista,
no Centro de Santos (SP). |