terça-feira, 10 de maio de 2016

1ª PARTE: Viagem de carro de Niterói ao Uruguai.



OBRIGADOS

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Viagem de carro de Niterói a Montevidéu.


SUMÁRIO DA 1ª PARTE 

1 - O roteiro, os hotéis e o valor das diárias.
2 - As estradas brasileiras e uruguaias.
3 - A polícia uruguaia.
4 - A fronteira Jaguarão/Rio Branco.
5 - O órgão da migracão uruguaia em Rio Branco (URU);
6 - Penedo (RJ).
7 - São Paulo (Capital).
8 - Joinville (SC).
9 - Porto Alegre (RS).
10 - Jaguarão (RS).


1 - O ROTEIRO, HOTÉIS E VALORES DAS DIÁRIAS.


Finalmente, aqui está o post sobre nossa roadtrip até o Uruguai.
Vamos contar tudo em três partes.

Aproveitamos as férias de julho (2015) e partimos em 16/07/2015 para mais uma viagem de carro com a família. Saímos pela manhã, com o dia claro e ensolarado, em direção a Penedo (RJ), onde resolvemos umas questões pessoais, e dali seguimos para São Paulo (Capital). 

A bagagem. Não esquecemos também uma cláusula no seguro do carro que contempla o reboque do automóvel de qualquer país do Mercosul para o Brasil.

Distração para crianças é fundamental!

Como teríamos apenas 18 dias para concluir nossa roadtrip, estávamos cientes de que não teríamos muito tempo para desfrutar as localidades intermediárias (veja tabela abaixo) entre Niterói (RJ) e Montevidéu (URU), na ida e na volta. 

Escolhemos então algumas localidades onde apenas pernoitaríamos e outras em que permaneceríamos por mais tempo. Assim, nossas estadias ficaram desta forma:

IDA


Cidade ou Município
Hotel
Pernoites
Período
Valor da diária R$, contratada em janeiro de 2015, acomodação tripla.
Penedo (RJ)
Hotel Bouganville
1
16/07 a 17/07
290,00
São Paulo (Capital)
Ibis Budget Jardins
2
17/07 a 19/07
130,00
Joinville (SC)
Le Canard Joinville
1
19/07 a 20/07
227,00
Porto Alegre (RS)
Açores Premium
1
20/07 a 21/07
299,00
Jaguarão (RS)
Hotel Artisan
1
21/07 a 22/07
185,00
Montevidéu (URU)
Massini Suítes
5
22/07 a 27/07
323,40


VOLTA


Cidade ou Município
Hotel
Diárias
Período
Valor da diária R$, contratada em janeiro de 2015, acomodação tripla
Jaguarão (RS)
Hotel Artisan
1
27/07 a 28/07
185,00
Farroupilha (RS) e Bento Gonçalves
Farina Park Hotel
2
28/07 a 30/07
274,28
Lages (SC)
Villa Apart Hotel
1
30/7 a 31/07
190,00
Curitiba (PR)
Mercure Curitiba Sete de Setembro Hotel
1
31/07 a 01/08
205,80
Taubaté (SP) e Campos do Jordão
Ibis Taubaté
3
01/8 a 03/8
135,75



2 - AS ESTRADAS BRASILEIRAS E URUGUAIAS.


As estradas federais brasileiras BR-116 e BR-101 estão em boas condições.

As principais concessionárias: CCR (do RJ a SP), Autopista Régis Bitencourt (de São Paulo a Curitiba), Autopista Planalto Sul (do Paraná às divisas de Santa Catarina e Rio Grande do Sule a Ecosul (Camaquã/Pelotas/Jaguarãorealizam um bom trabalho e oferecem postos de apoio ao motorista e sua família, com água, cafezinho, local para rápido descanso, banheiros e informação. 

Posto de atendimento ao usuário da Autopista Régis Bittecourt. Temos o costume de parar nestes postos para ir ao banheiro, beber um cafezinho, beber água e descansar.

A caminho do Jaguarão (RS)

BR-383, subindo para Campos do Jordão (SP).

Ruta 18 (URU): as planícies dominam toda a rota até a capital. Sabe-se que o mais alto ponto geográfico do URU (Cerro Cordillera) tem cerca de 514 m de altitude.

Ressalvas sejam feitas em relação a algumas estradas sul-rio-grandenses, em péssimas condições, como a RS-453 e RS-122, que nos levaram às regiões de Farroupilha e Bento Gonçalves, esburacadas, mal-sinalizadas, sem acostamento ou com acostamento precário, e muitos radares. Todo cuidado é pouco.


No momento de nossa viagem, a EcoRodovias estava realizando obras de grande porte entre Porto Alegre (RS) e Pelotas (RS), o que gerou alguns congestionamentos e atrasos. Além disso, havia diversas localidades e fazendas ainda sob efeito das chuvas recentes, que causaram muitos estragos por ali. Podíamos ver terras alagadas, plantios devastados, rios ainda cheios, sobretudo o Guaíba, que alagou diversas localidades.

Na BR-101, em SC, em Sombrio, enfrentamos ventos e tempestades.

O Rio Guaíba alterado pelas chuvas intensas enfrentadas pelo RS. A sorte é que passamos por lá quatro dias depois.

De Porto Alegre (RS) a Pelotas (RS), percorremos cerca de 260 km pela BR-116, sem quaisquer problemas, passando por Camaquã (RS), onde almoçamos, e São Lourenço do Sul (RS).

Camaquã (RS), antes de Pelotas (RS), onde paramos para abastecer, ir ao banheiro e almoçar.

Paradinha no GRAAL de Registro (SP) para tomar um café e tirar aquela foto tradicional na placa de trânsito.

Placa tradicional em Registro (SP), na Régis Bittencourt, no GRAAL.

Dá-lhe estrada, e reta, de Pelotas até a fronteira (Jaguarão(BRA/Rio Branco - URU)

Copilota em tempo integral, sobretudo nas estradas no URU, por onde trafegamos com o GPS apenas no modo mapa.

Ainda em Camaquã (RS), com bastante frio!



De Pelotas (RS) até o Jaguarão(RS), na fronteira com o Uruguai, percorremos cerca de 140 km de BR-116 em bom estado.


A 216 quilômetros de Montevidéu. Almoçamos num restaurante nesta cidade.

Atenção especial deve ser dada pelos motoristas aos animais que cruzam as rodovias, tanto no Brasil quanto no Uruguai. Vimos muitos animais mortos por atropelamento pelo caminho.

As estradas uruguaias são ótimas, considerando a saída pelo Jaguarão. Há muitos trechos de mão-dupla, pista simples, devendo o cuidado ser redobrado, principalmente levando em consideração que a incidência de colisão frontal nas estradas é alta. Dali até Montevidéu são duas as principais estradas: as Rutas 18 e 8, num total de aproximadamente 420 km: passamos por Vergara, Treynta e Tres (aqui é necessário pegar a Ruta 8, conhecida por Brigadier Gral Juan Antonio Lavalleja), Jose Pedro Varella, Mariscala e Minas. 



As rutas são bem sinalizadas (fomos com o GPS no modo mapa), com pouco ou quase nenhum trânsito, inclusive de caminhões (nada se compara à nossa BR-116, por exemplo), atentando apenas para o fato de que as obras (e foram apenas duas) não são sinalizadas com bastante antecedência. Reparamos que os trabalhadores uruguaios ficam  expostos demais, e parecem mesmo não ter preocupação com o perigo de acidente. 

Copilota Ana, com seu inseparável mapa nas mãos. Ele foi fundamental nas estradas de Rio Branco até Montevidéu.

Há dois pedágios ao longo das rodovias uruguaias, como o de Solís, em Mandonado (URU), cujo valor padrão foi de $65,00 (sessenta y cinco pesos). Bom levar dinheiro trocado, não há pagamento com cartão de crédito/débito (tarjeta). Pode-se fazer o câmbio no Jaguarão, e pedir pesos uruguaios trocados para pagar os pedágios.


As rutas uruguaias são assim: retas, vazias, ladeadas por planícies sem-fim.
Às vezes, o acostamento é muito estreito para um automóvel,



Os remendos feitos com piche são bastante eficientes no Uruguai, ficam bem no nível do asfalto, sem que os pneus transfiram vibrações do piso para o interior do automóvel.
 



Pedágio uruguaio: $65,00 (sessenta e cinco pesos).



 3 - A POLÍCIA URUGUAIA.

Ao longo de todo o território uruguaio, tanto nas rutas quanto nas cidades, não fomos parados em batida policial, seja pela polícia Caminera, seja pela Chefatura de Polícia de Montevidéu.


Polícia caminera do Uruguai, correspondente à nossa PRF.

 
Chefatura de Polícia de Montevidéu.

Sorte, ou não, o importante é acatar todas as normas de trânsito do país vizinho, começando por manter os faróis baixos acesos em qualquer hora do dia, estacionar apenas em locais autorizados, evitar conversões proibidas, ter o seguro Carta Verde e respeitar a cidade repleta de cruzamentos, tudo para evitar dar azo a alguma ação policial punitiva. 

Sobre as exigências uruguaias de trânsito, consulte o link EXIGÊNCIAS.

Vale lembrar que se você pensar em passar para o lado argentino de carro (comum nas viagens de barca ou navio a partir de Colónia del Sacramento), as exigências de trânsito são outras, e você deverá levar um cambão e usar faróis auxiliares amarelos, por exemplo.

Sobre as exigências argentinas de trânsito, consulte o link EXIGÊNCIAS.


4 - A FRONTEIRA JAGUARÃO/RIO BRANCO: A PONTE INTERNACIONAL BARÃO DE MAUÁ.


Enfim, a fronteira. Ponte Barão de Mauá, que separa o Jaguarão do distrito de Río Branco (URU). Bienvenido, Uruguay!

 A Ponte Internacional Barão de Mauá, patrimônio cultural do Mercosul, não estava em bom estado de conservação, mas possui muita história. É como sentir o passado por alguns instantes. 

Construída por volta de 1927/1929 sobre o Rio Jaguarão, ela dá acesso à zona franca, com uma variedade de lojas de roupas, acessórios eletrônicos, eletrodomésticos, e demais free shops

Soubemos, através das notícias do Hotel Pousada Artisan,  onde pernoitamos, que existe um projeto de construção de nova ponte, com ligação direta da BR-116 para o URU.

De qualquer forma, a ponte dá acesso ao lado uruguaio e vice-versa de carro ou a pé. Há um constante trânsito de veículos e pessoas na ponte. Os uruguaios frequentemente vêm fazer compras no centro do Jaguarão. 

Há um posto de gasolina Ipiranga, no lado brasileiro, no início da ponte sobre o Rio Jaguarão. Antes de partir para o país vizinho, melhor abastecer ali, enchendo todo o tanque, porque a gasolina uruguaia é mais cara. 

Quanto ao uso da gasolina nos países vizinhos, recomendamos a leitura do post COMBUSTÍVEL, do blog Viajando de carro.

5 - ÓRGÃO DA MIGRAÇÃO URUGUAIA EM RIO BRANCO  (URU).

Para chegar até a migração uruguaia, percorre-se uns cinco quilômetros em Río Branco. Então você estaciona o carro e segue a pé.

Na migração, que estava praticamente vazia, fomos recebidos por uma policial uruguaia muito simpática, e foi necessário preencher um formulário, com dados gerais sobre a viagem e os viajantes.

Recebemos o cartão de migração, que deve ser muito bem guardado, porque será exigido em qualquer blitz policial e deverá ser devolvido ao órgão uruguaio da fronteira por onde você retornar.

Liberados, seguimos viagem sob neblina e, sem GPS, seguimos bem cautelosos até nos certificarmos que estávamos na direção de Vergara.


Abordagem feita pela migração uruguaia. A policial foi muito simpática conosco.

A carteira de identidade com menos de 10 anos é fundamental, inclusive em relação à criança. 

No Uruguai o RG (identidade) é o documento-base, de forma que apresentar, por exemplo, certidão de nascimento da criança pode gerar dificuldades,  mesmo  que sejam passageiras. Assim, é melhor providenciar o RG da criança antes da viagem. Também levamos passaporte, apenas por precaução.

6 - PENEDO (RJ).

Como adiantamos anteriormente, passamos em Penedo para tratar de alguns assuntos particulares, e aproveitamos para conhecer o Hotel Bouganville e rever a pasta de truta defumada do Restaurante Casa do Fritz.

Penedo é conhecida pela colônia finlandesa


Hotel Bouganville


No Restaurante Fritz

Hotel Bouganville

Sala de estar ouvindo música (jazz)

Café da manhã servido na mesa, ao som dos grandes clássicos do jazz.


Espaço externo bem-cuidado

O quarto em que ficamos.
Penedo é uma localidade agradável, distrito do município de Itatiaia (RJ), que faz divisa com Visconde de Mauá (RJ), já pertencente ao município de Resende (RJ).

Hoje, Penedo tem uma colônia finlandesa diminuta, talvez a única do Brasil, reunida na localidade, razão pela qual Penedo costuma ser designada de Pequena Finlândia.

Não dá para comparar à Serra Gaúcha e a Campos do Jordão, mas cada localidade tem suas peculiaridades. De Penedo, aliás, pode-se conhecer Visconde de Mauá (RJ), o Parque Nacional do Itatiaia, a cidade de Resende e o rio Paraíba do Sul.

7 - SÃO PAULO (CAPITAL).

De costume, permanecemos em São Paulo quando viajamos de carro para o Sul. 
Íbis Budget Jardins.
Na viagem passada (não deixe de conhecer os posts seguintes também) ficamos em São José dos Campos (SP), mas agora paramos na Capital para conhecê-la um pouco,  pela primeira vez.

Mercado Municipal

A megacapital de concreto e altos edifícios, o centro comercial e financeiro do Brasil, a mítica das avenidas Paulista e São João,  o MASP, o bairro da Liberdade, o Mercado Municipal, a 25 de Março e seu comércio popular, seus deliciosos pastéis, suas casas noturnas e shoppings famosos, enfim, São Paulo não pode deixar de ser um destino comum na agenda dos viajantes.

Comércio Popular da 25 de Março.

O luxo do Iguatemi Jardins

Escolhemos o bairro dos Jardins, no Íbis Budget, barato, limpo e prático para quem está apenas de passagem (máximo 3 dias).

O bairro é lindo, e fica a poucos minutos do Centro da Cidade e do Parque do Morumbi.

O transporte rodoviário, composição bem maior do que o BRT do Rio de Janeiro.
Visitamos o Centro da Cidade, o comércio popular da 25 de março, a Av. São João, o Mercado Municipal,  o Parque do Ibirapuera e o Shopping Iguatemi, nos Jardins.


No Parque do Ibirapuera

Uma tarde no Parque do Ibirapuera
Ficou a vontade de retornar um dia. Há muito, muito mais para conhecer em São Paulo (Capital). 

Saímos exatamente às 07:55 de SP em direção a Joinville (SC). Domingo, estradas vazias, trânsito livre.

8 - JOINVILLE (SC).

Chegamos em Joinville (SC) às 15:35, depois de duas paradas de mais ou menos uma hora no total. Joinville foi apenas um pernoite.

Era domingo, e chovia. Enfrentamos muita chuva pela BR-101.


O pórtico da cidade, sob neblina.
Pernoitamos no Hotel Le Canard Joinville, muito bom para o pernoite, com instalações agradáveis e um bom café da manhã.


A entrada do Le Canard.


Quanta fome! Hora do jantar. Então fomos à Baggio Pizzarie, e valeu a pena.
Um café antes da nossa partida para Porto Alegre (RS).

9 - PORTO ALEGRE (RS).

De Joinville até Porto Alegre percorremos cerca de 620 km pela BR-101, a maior distância percorrida entre cidades nesta road trip.

Era uma segunda-feira e a chuva continuava castigando as estradas, principalmente no município de Sombrio. Saímos por volta de 7:00 e fizemos apenas uma parada, praticamente igualando o tempo do percurso anterior, chegando por volta de 16h à capital gaúcha para outro pernoite.

Aguarde por nós, Porto Alegre!

Ficamos no Hotel Açores Premium, no bairro Floresta, bem próximo ao Shopping Total. O hotel é bom para um pernoite. Na ocasião, estava muito prejudicado pela obras na cidade. De qualquer forma, a rua onde fica não estava alagada, e a saída do hotel para a BR-116 era muito fácil.

Permanecemos no hotel, descansamos para a viagem até o Jaguarão (RS) no dia seguinte, pois sabíamos que iríamos enfrentar retas infindas.

Chegando à divisa SC/RS
Em direção à Rua Garibáldi, Porto Alegre.


Fachada do Açores
Descansar! Amanhã, bem-vindo Jaguarão!
10 - JAGUARÃO (RS).

De Porto Alegre até o Jaguarão percorremos cerca de 400 km., praticamente de retas.

Chegamos ao Jaguarão tranquilamente. Enfrentamos apenas algumas retenções em razão das obras realizadas pela EcoRodovias na BR-116, praticamente em todo o trecho até Pelotas. 

Eram obras de duplicação da estrada que trarão muitos benefícios aos motoristas e moradores da região. 

Saímos de Porto Alegre por volta de 8:30 e chegamos ao Jaguarão por volta de 13:53, depois de uma parada em Camaquã.

Você pode assistir aos vídeos de nossa chegada ao Jaguarão aqui: CHEGANDO AO JAGUARÃO e CHEGADA AO JAGUARÃO.


Na entrada do Jaguarão. Horário da foto: 13:53.
Esta foto foi tirada ainda no hotel.


Nosso destino no Jaguarão, por apenas uma noite, foi o Hotel Artisan. Bom hotel para pernoite, bem pertinho da Ponte Internacional Barão de Mauá. O café da manhã do hotel é servido no Red's Buffet, na mesma rua do hotel. O restaurante tem uma panificação também, com muitos doces, pão de queijo, etc. No fundo, funciona ainda um self service variado, com bons preços. Aceitam-se reais e pesos uruguaios, e você pode escolher em que moeda deseja o troco.

O Posto Ipyranga no início da ponte. Bom abastecer no Jaguarão porque a gasolina é mais barata.
O café da manhã do Red's Buffet.
Há muitos casarões antigos e bonitos no Jaguarão.

Hora de dormir. No dia seguinte pegaríamos a estrada para Montevidéu.


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